sábado, 29 de novembro de 2025

COP30 é encerrada com o Pacote de Belém aprovado por 195 países.



Após 13 dias de articulação, texto de consenso avança em temas como transição justa e financiamento da adaptação. Um total de 122 nações apresentaram novas Contribuições Nacionalmente Determinadas e Brasil lançou o Fundo Florestas Tropicais para Sempre 


A COP30 chegou ao fim neste sábado, 22 de novembro, com a aprovação por 195 países do Pacote de Belém (PA). As 29 decisões aprovadas por consenso na Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima incluem avanços em temas como transição justa, financiamento da adaptação, comércio, gênero e tecnologia. O texto renova o compromisso coletivo com a ação acelerada, de modo a tornar o regime climático mais conectado à vida das pessoas. "Ao sairmos de Belém, esse momento não deve ser lembrado como o fim de uma conferência, mas como início de uma década de mudança", afirmou o brasileiro André Corrêa do Lago, presidente da COP30. “O espírito que construímos aqui não termina com o martelo batido. Ele permanece em cada reunião governamental, em cada conselho de administração e sindicato, em cada sala de aula, laboratório, comunidade florestal, grande cidade e cidade costeira”, completou

Na plenária de encerramento, em que foi aplaudida de pé por mais de três minutos, a ministra Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima) fez um balanço dos trabalhos, entre desafios e conquistas. Para ela, em que pese o fato de não ter havido um consenso global em torno da proposta de estabelecer um Mapa do Caminho da transição energética para um mundo sem combustíveis fósseis, a ideia ficou sedimentada no cenário internacional, com adesão de mais de 80 nações, e houve avanços significativo.

“Demos um passo relevante no reconhecimento do papel de povos indígenas, comunidades tradicionais e afrodescendentes. A transição justa ganhou corpo e voz. Lançamos o Fundo Florestas Tropicais para Sempre, mecanismo inovador que valoriza aqueles que conservam e mantêm as florestas tropicais”, lembrou Marina. “Cento e vinte e duas Partes apresentaram suas Contribuições Nacionalmente Determinadas, com compromissos em reduzir emissões até 2035. Faltam outras Partes, mas esses resultados são ganhos fundamentais para o multilateralismo climático”, listou

A transição justa ganhou corpo e voz. Lançamos o Fundo Florestas Tropicais para Sempre, mecanismo inovador que valoriza aqueles que conservam e mantêm as florestas tropicais. Cento e vinte e duas Partes apresentaram suas Contribuições Nacionalmente Determinadas. São ganhos fundamentais para o multilateralismo climático”

Marina Silva, ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima

O espírito que construímos aqui não termina com o martelo batido. Ele permanece em cada reunião governamental, em cada conselho de administração e sindicato, em cada sala de aula, laboratório, comunidade florestal, grande cidade e cidade costeira”

André Corrêa do Lago, presidente da COP30

VITÓRIAS SIGNIFICATIVAS.

Em coletiva de imprensa no fim da Cúpula do G20, neste domingo, na África do Sul, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro Mauro Vieira (Relações Exteriores) também comentaram os resultados da COP30. Para o chanceler brasileiro, o evento no Brasil teve vitórias significativas em três dimensões.

“A primeira foi a vitória do multilateralismo climático, que vinha sendo questionado com recuos recentes no tratamento da mudança do clima. A segunda é que se triplicou os recursos para adaptação, para ajudar populações ao mesmo tempo mais vulneráveis e menos responsáveis pela mudança do clima, o que é essencial. E, terceiro, a criação de apoio aos países em transição justa”, disse o ministro.

Para o presidente Lula, o evento teve ganhos tanto do ponto de vista político quanto de legado para a cidade. “Estou muito satisfeito com o sucesso da COP em Belém. Foi um sucesso extraordinário. Aprovou-se um documento único, o multilateralismo saiu vitorioso e Belém ficou maravilhosamente bonita para o povo do Pará”, disse o presidente, que reforçou a importância do "Mapa do Caminho" para o fim dos combustíveis fósseis como uma ideia que deve ganhar força gradativa.

“O que quisemos e conseguimos foi começar um debate sobre uma coisa que todo mundo sabe que vai ter que acontecer. Se é verdade que os combustíveis fósseis estão responsáveis por mais de 80% da emissão de gás de efeito estufa, é verdade que nós precisamos dar uma solução nisso. O que nós colocamos é o seguinte: é possível”

FINANCIAMENTO – As decisões aprovadas no Pacote Belém incluem o compromisso de triplicar o financiamento da adaptação até 2035 e a ênfase na necessidade de os países desenvolvidos aumentarem o financiamento para nações em desenvolvimento. As partes concluíram o Roteiro de Adaptação de Baku, que aprova e estabelece o trabalho para 2026-2028, até o próximo Balanço Global do Acordo de Paris.

59 INDICADORES – A conferência climática finalizou um conjunto abrangente de 59 indicadores voluntários para monitorar o progresso sob a Meta Global de Adaptação. Os indicadores envolvem setores como água, alimentação, saúde, ecossistemas, infraestrutura e meios de subsistência, e integram questões transversais como finanças, tecnologia e capacitação.

PESSOAS NO CENTRO – As Partes aprovaram também um mecanismo de transição justa que coloca as pessoas e a equidade no centro da luta contra a mudança do clima. A iniciativa pretende aprimorar a cooperação internacional, a assistência técnica, a capacitação e a partilha de conhecimento.


GÊNERO – Dentre outros documentos, os países aprovaram um Plano de Ação de Gênero, que aprimora o apoio ao ponto focal nacional de gênero e mudanças climáticas. A iniciativa amplia o orçamento e o financiamento sensíveis ao gênero e promove a liderança de mulheres indígenas, afrodescendentes e rurais, entre outros tópicos.

AMBIÇÃO COLETIVA – Outro documento, a Decisão Mutirão, reafirma a determinação em aumentar a ambição coletiva ao longo do tempo, passando das negociações para a implementação, agora que o Acordo de Paris e seus ciclos estão em andamento. Os seguintes mecanismos de implementação ajudarão a acelerar esse processo:

● O Acelerador Global de Implementação: Uma iniciativa colaborativa e voluntária lançada sob a liderança das Presidências da COP30 e COP31 para apoiar os países na implementação de suas NDCs e Planos Nacionais de Adaptação (PNAs).

● A Missão Belém para 1,5 °C é uma plataforma orientada para a ação sob a liderança da COP29-COP31, visando promover maior ambição e cooperação internacional em mitigação, adaptação e investimento.

"A Decisão Mutirão define o espírito da nossa COP: uma mobilização global contra as mudanças climáticas que celebra o 10º aniversário do Acordo de Paris e abre caminho para mais ambição durante esta década crítica", disse Corrêa do Lago. Ele lembrou que o trabalho ainda é longo, já que o Brasil seguirá presidente da COP até novembro de 2026. Ele reafirmou o compromisso do Brasil em avançar em três pilares principais da COP30: fortalecer o multilateralismo e o regime climático, conectar as iniciativas climáticas à vida diária das pessoas e acelerar a implementação do Acordo de Paris.

COP DA IMPLEMENTAÇÃO – Uma série de anúncios e iniciativas de impacto sob a Agenda de Ação demonstrou como a implementação já está em curso:

● A iniciativa FINI (Fostering Investible National Implementation) foi lançada para tornar os Planos Nacionais de Adaptação mais atraentes. Ao reunir países, bancos de desenvolvimento, seguradoras e investidores privados, a FINI pretende desbloquear USD 1 trilhão em projetos de adaptação dentro de três anos, com 20% mobilizados pelo setor privado. Uma mudança estrutural do desenho de planos para a entrega de resiliência com velocidade e escala.

● O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Fundo Verde para o Clima (GCF) destacaram vários mecanismos que já existem para avançar a adaptação, e a Fundação Gates prometeu USD 1,4 bilhão para apoiar pequenos agricultores.

● O Plano de Ação de Saúde de Belém, endossado por mais de 30 países e 50 organizações, elevou a saúde como prioridade climática. Apoiado por USD 300 milhões do Fundo de Financiadores do Clima e Saúde (Climate and Health Funders Coalition), ele fortalecerá sistemas de saúde, hospitais, vigilância e prevenção de doenças resilientes ao clima, especialmente no Sul Global.

● Dez países anunciaram apoio ao Acelerador RAIZ, nova iniciativa para restaurar terras agrícolas degradadas e mobilizar capital privado. Baseado nos programas brasileiros Caminho Verde e EcoInvest, que mobilizaram quase USD 6 bilhões para restaurar até 3 milhões de hectares, o RAIZ ajudará os países a mapear paisagens prioritárias e a conceber soluções de blended finance para escalar a restauração e proteger florestas.


                                Participação dos povos tradicionais bateu todos os recordes na COP30

FUNDO FLORESTAS TROPICAIS PARA SEMPRE - O lançamento, pelo Brasil, do Fundo Florestas Tropicais Para Sempre (TFFF) criou um mecanismo inédito para pagamentos de longo prazo e baseados em resultados a países com florestas tropicais pela conservação verificada de florestas em pé. O mecanismo já mobilizou mais de USD 6,7 bilhões em sua primeira fase, com o endosso de 63 países.

O TFFF cria um novo modelo de financiamento climático: países que preservam as florestas tropicais serão recompensados financeiramente por meio de um fundo de investimento global. Enquanto isso, os investidores vão recuperar os recursos investidos, com remuneração compatível com as taxas médias de mercado.

Na prática, o fundo cria uma nova economia baseada na conservação, tornando a floresta em pé uma fonte de desenvolvimento social e econômico. Os investidores não farão doações. Em vez disso, terão retornos ao mesmo tempo em que contribuem para a preservação florestal e a redução de emissões de carbono.

OCEANOS – Dezessete países aderiram ao Desafio Azul NDC (Blue NDC Challenge), comprometendo-se a integrar soluções oceano-clima nos planos nacionais. Os cinco Avanços Oceânicos (Ocean Breakthroughs) lançaram um Plano Conjunto para Acelerar Soluções, alinhando conservação marinha, energias renováveis oceânicas, alimentos aquáticos, transporte marítimo e turismo com os objetivos da Convenção do Rio. Através da Parceria Um Oceano (One Ocean Partnership), os parceiros se comprometeram a catalisar USD 20 bilhões até 2030 para paisagens marinhas regenerativas e gerar 20 milhões de empregos azuis, incorporando a equidade oceânica na resiliência climática.

PARTICIPAÇÃO SOCIAL – A COP30 cumpriu as ambições de aproximar o regime climático da vida das pessoas. A participação sem precedentes de mais de 900 Povos Indígenas na Zona Azul, a força pacífica da Marcha Climática de Belém e o lançamento do Balanço Ético Global sublinharam a ligação inseparável entre justiça climática, dignidade e solidariedade intergeracional.

OLHAR PARA O FUTURO – A presidência brasileira da COP30 reafirmou o compromisso em levar o impulso de Belém a marcos futuros — por meio de um alinhamento mais forte entre resultados da negociação e implementação no mundo real e de uma cooperação aprofundada, ancorada no espírito inclusivo do Mutirão Global. “Continuamos capazes de cooperar, de aprender e de reconhecer que não há atalhos e que a coragem para enfrentar a crise climática é resultado de persistência e esforço coletivos. Seguimos persistindo no compromisso de empreender a jornada necessária para superar nossas diferenças e contradições no urgente enfrentamento da mudança do clima”, concluiu Marina Silva. A próxima edição da COP será realizada na Austrália..

Estou muito satisfeito com o sucesso da COP em Belém. Foi um sucesso extraordinário. Aprovou-se um documento único, o multilateralismo saiu vitorioso e Belém ficou maravilhosamente bonita para o povo do Pará”

Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República.

Texto:Secretaria de Comunicação Social.

Fotos:Rogério Cassimiro/ MMA

Apoio: Ga.Eduardo Oliveira (Diretoria de Comunicação/APGAM)

            Ga, Caroline Kerestes (Presdiente da APGAM).

Nota de Falecimento - Jornalista Mauricio Benassato - Diario Zona Norte

 

Notificamos o falecimento do Jornalista Mauricio Benassato - Editor - Chefe do  Diario  Zona Norte. Com Associação Paulista dos Gestores Ambientais -  APGAM uma parceria a traduzir e produzir diagnosticos sobre os Impactos  Ambientais junto a região Norte  do municipio de São Paulo desde a região  do  SAMBODROMO  ate  a divisa com  o Municipio de  Guarulhos/SP. Estabelecia uma relação exata e isenta de qualquer ordem ideologica ou de cores partidaria. Por apreço incondicional ao jornalismo conquistou à admiração e respeito no furor da busca subterranea onde os fatos e as verdades estavam sitiadas. De fato  uma  perda  para quem fornecia e dava voz a esta parte Norte (Nordeste) do  Municipio de São Paulo. Sentimentos e apreço a Esposa e Familiares. 


sábado, 15 de novembro de 2025

Fundo Florestas Tropicais para Sempre capta mais de US$ 5 bilhões durante a Cúpula dos Líderes


Aportes da Noruega, Indonésia, França e União Europeia consolidam o fundo liderado pelo governo brasileiro como um dos principais instrumentos financeiros globais para a preservação ambiental.

Fundo Florestas Tropicais para Sempre (Tropical Forest Forever Facility – TFFF), iniciativa global liderada pelo Brasil, deu mais um passo importante durante a Cúpula do Clima, em Belém (PA). Após o aporte inicial de US$1 bilhão feito pelo governo brasileiro, complementado por anúncio da Indonésia durante visita do Presidente Lula, nesta quinta-feira (6/11), Noruega, França e União Europeia (13/11/25) anunciaram investimentos que elevam o volume total captado para US$5,5 bilhões.

A proposta do TFFF foi apresentada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva como uma resposta concreta à necessidade de criar mecanismos financeiros capazes de valorizar a floresta em pé, e é uma das propostas estratégicas do Ministério da Fazenda na COP. O fundo representa uma nova geração de instrumentos de financiamento climático, com foco na preservação das florestas tropicais e na remuneração por serviços ambientais aos países que protegem seus ecossistemas.

Durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira (7/11), em Belém, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou que o TFFF rompe com a lógica tradicional de doações e inaugura um modelo de investimento sustentável, combinando recursos públicos e privados. “Essa ideia tem ganhado audiência cada vez maior pela sua originalidade, pela sua inteligência e pelo seu pragmatismo de desenvolver um instrumento que seja visivelmente capaz de chamar a atenção do mundo e combinar o capital público e privado de maneira virtuosa, criando condições para que as florestas tropicais sejam preservadas por meio de uma espécie de pagamento de serviços ambientais”, afirmou Haddad.

Diferente dos fundos convencionais de doação, o TFFF opera como um mecanismo de investimento de impacto. Os recursos serão investidos em ativos de renda fixa em diretrizes elaboradas por uma diretoria específica. O retorno dessas operações, descontados os pagamentos aos investidores e custos operacionais, será distribuído a países que comprovarem resultados na conservação ambiental, com ao menos 20% dos recursos dedicados a povos indígenas e comunidades tradicionais.

“A maneira como esse mecanismo vai funcionar, em termos muito simplificados, é de que você não tem propriamente doação de países ou empresas. Você tem um aporte de capital de investidores, que vão ser remunerados por uma taxa básica. Esses recursos vão financiar projetos definidos pelo comitê, e a diferença de taxa de juros vai servir justamente de lastro para financiar o pagamento de serviços ambientais”, explicou o ministro.

O TFFF estabelece regras de desempenho ambiental, critérios de transparência e descontos nos pagamentos de acordo com o nível de desmatamento, com o objetivo de garantir resultados concretos e mensuráveis.

Essa ideia tem ganhado audiência cada vez maior pela sua originalidade, pela sua inteligência e pelo seu pragmatismo de desenvolver um instrumento que seja visivelmente capaz de chamar a atenção do mundo e combinar o capital público e privado de maneira virtuosa, criando condições para que as florestas tropicais sejam preservadas por meio de uma espécie de pagamento de serviços ambientais”, Haddad.

Fonte: Canal Gov/Br.

sábado, 8 de novembro de 2025

CARTA da Presidencia da COP 30 - André Aranha Corrêa do Lago - Presidente Designado da COP30

 


Resumo  - CARTA DA PRESIDENCIA DA COP30 

Presidente - André Aranha Correa do  Lago;


A Hora de Acionar Pontos de Inflexão Positivos

A Presidência brasileira da 30ª Sessão da Conferência das Partes (COP30) da UNFCCC lançou a nona "Carta da Presidência", reafirmando a urgência climática e posicionando a conferência, a ser realizada em Belém, como um ponto de inflexão decisivo para manter vivo o objetivo de limitar o aquecimento global a 1,5 °C.

O Alerta Inegável da Ciência

O documento utiliza as advertências do IPCC e do Relatório de 2025 sobre Pontos de Inflexão Globais para reforçar a gravidade da crise. Os principais alertas são:

  • Risco de Colapso Sistêmico: O aquecimento global caminha para ultrapassar 1,5 °C, elevando o risco de acionamento de múltiplos pontos críticos de inflexão planetários (Tipping Points). Tais transformações abruptas e irreversíveis ameaçam a resiliência dos sistemas sociais, econômicos e políticos.
  • Ameaça Amazônica: A Amazônia, coração do sistema climático global, encontra-se à beira de um ponto de inflexão irreversível, sob risco de colapso ecológico generalizado se o aquecimento atingir a faixa entre 1,5 °C e 2 °C.

De Lacunas a Alavancas: O Caminho para a Regeneração

Apesar das lacunas de ambição e implementação globais (apontadas pelos relatórios do PNUMA), a Carta enfatiza que a ciência também mostra um caminho de esperança: acionar pontos de inflexão positivos. Estes são limiares onde mudanças tecnológicas, comportamentais e sociais se aceleram em direção a um desenvolvimento resiliente e de baixo carbono.

As principais alavancas identificadas para essa guinada global incluem:

  1. Infraestrutura Pública Digital (DPI): Utilizar tecnologias digitais (como o exemplo do PIX no Brasil) e inteligência artificial para dar velocidade e escala à transição, facilitando desde alertas precoces até o pagamento por serviços ambientais a agricultores.
  2. Financiamento Acessível: Mobilizar recursos por meio de instrumentos como o Mapa do Caminho de Baku a Belém para 1,3T e o recém-lançado Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), que recompensará países por cada hectare de floresta conservada.
  3. Transição Energética e Regeneração da Natureza: Focar em ações de alto impacto e rápida resposta, como a redução do metano e a restauração de florestas e ecossistemas.

Prioridades e a Abordagem da COP30

A Presidência brasileira define três prioridades interligadas para a COP30:

  1. Reforçar o Multilateralismo e o regime climático.
  2. Conectar o Regime Climático à Vida Real das pessoas e à economia real.
  3. Acelerar a Implementação do Acordo de Paris (nas cinco dimensões: mitigação, adaptação, financiamento, tecnologia e capacitação).

A COP30 não buscará uma única resposta, mas sim um Ecossistema de Soluções. A meta é fazer a transição da "negociação" para a "implementação coordenada", transformando o ciclo de políticas do Acordo de Paris "do desenho à entrega". Isso será materializado em uma Agenda de Ação Acelerada focada em seis eixos temáticos (como florestas, energia, finanças e tecnologia).

O Brasil enfatiza que a transição climática é irreversível e, embora a humanidade esteja curvando a trajetória das emissões para baixo pela primeira vez na história (com novas NDCs que projetam reduções até 2035), é preciso mais velocidade para manter 1,5 °C ao alcance.

Foto - Infomoney - Carta da Presidencia - Andre Lago - GA. Caroline Kerestes - Pres. APGAM - Organização - Ga.   Carvalho,  JR.  - Resumo - IA - Gemini - Apoio - Ga. Eduardo Oliveira - Dir. de Comunicação/APGAM