sábado, 8 de novembro de 2025

CARTA da Presidencia da COP 30 - André Aranha Corrêa do Lago - Presidente Designado da COP30

 


Resumo  - CARTA DA PRESIDENCIA DA COP30 

Presidente - André Aranha Correa do  Lago;


A Hora de Acionar Pontos de Inflexão Positivos

A Presidência brasileira da 30ª Sessão da Conferência das Partes (COP30) da UNFCCC lançou a nona "Carta da Presidência", reafirmando a urgência climática e posicionando a conferência, a ser realizada em Belém, como um ponto de inflexão decisivo para manter vivo o objetivo de limitar o aquecimento global a 1,5 °C.

O Alerta Inegável da Ciência

O documento utiliza as advertências do IPCC e do Relatório de 2025 sobre Pontos de Inflexão Globais para reforçar a gravidade da crise. Os principais alertas são:

  • Risco de Colapso Sistêmico: O aquecimento global caminha para ultrapassar 1,5 °C, elevando o risco de acionamento de múltiplos pontos críticos de inflexão planetários (Tipping Points). Tais transformações abruptas e irreversíveis ameaçam a resiliência dos sistemas sociais, econômicos e políticos.
  • Ameaça Amazônica: A Amazônia, coração do sistema climático global, encontra-se à beira de um ponto de inflexão irreversível, sob risco de colapso ecológico generalizado se o aquecimento atingir a faixa entre 1,5 °C e 2 °C.

De Lacunas a Alavancas: O Caminho para a Regeneração

Apesar das lacunas de ambição e implementação globais (apontadas pelos relatórios do PNUMA), a Carta enfatiza que a ciência também mostra um caminho de esperança: acionar pontos de inflexão positivos. Estes são limiares onde mudanças tecnológicas, comportamentais e sociais se aceleram em direção a um desenvolvimento resiliente e de baixo carbono.

As principais alavancas identificadas para essa guinada global incluem:

  1. Infraestrutura Pública Digital (DPI): Utilizar tecnologias digitais (como o exemplo do PIX no Brasil) e inteligência artificial para dar velocidade e escala à transição, facilitando desde alertas precoces até o pagamento por serviços ambientais a agricultores.
  2. Financiamento Acessível: Mobilizar recursos por meio de instrumentos como o Mapa do Caminho de Baku a Belém para 1,3T e o recém-lançado Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), que recompensará países por cada hectare de floresta conservada.
  3. Transição Energética e Regeneração da Natureza: Focar em ações de alto impacto e rápida resposta, como a redução do metano e a restauração de florestas e ecossistemas.

Prioridades e a Abordagem da COP30

A Presidência brasileira define três prioridades interligadas para a COP30:

  1. Reforçar o Multilateralismo e o regime climático.
  2. Conectar o Regime Climático à Vida Real das pessoas e à economia real.
  3. Acelerar a Implementação do Acordo de Paris (nas cinco dimensões: mitigação, adaptação, financiamento, tecnologia e capacitação).

A COP30 não buscará uma única resposta, mas sim um Ecossistema de Soluções. A meta é fazer a transição da "negociação" para a "implementação coordenada", transformando o ciclo de políticas do Acordo de Paris "do desenho à entrega". Isso será materializado em uma Agenda de Ação Acelerada focada em seis eixos temáticos (como florestas, energia, finanças e tecnologia).

O Brasil enfatiza que a transição climática é irreversível e, embora a humanidade esteja curvando a trajetória das emissões para baixo pela primeira vez na história (com novas NDCs que projetam reduções até 2035), é preciso mais velocidade para manter 1,5 °C ao alcance.

Foto - Infomoney - Carta da Presidencia - Andre Lago - GA. Caroline Kerestes - Pres. APGAM - Organização - Ga.   Carvalho,  JR.  - Resumo - IA - Gemini - Apoio - Ga. Eduardo Oliveira - Dir. de Comunicação/APGAM