quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Novo Codigo florestal não leva em conta as especialidades de cada região.


Vários são os posicionamentos com relação ao Novo Codigo Florestal, porém a Associação Paulista dos Gestores Ambientais – APGAM observa no posicionamento do Jornalista Washington Novaes e o grupo de especialistas do Consórcio PCJ, indagações importantes, porque observa o novo Código Florestal dentro de analises mais especificas, e que envolverá certamente projetos de manejo ou conservação em todos os estados da federação, mas especialmente os biomas nativos ou específicos.


Consórcio PCJ

“Como ter um mesmo código florestal para um país com tantos biomas diferentes, com tantos recursos e necessidades diferentes?” foi a indagação proposta pelo jornalista ambiental e colunista do jornal O Estado de São Paulo, Washington Novaes, durante o Seminário "Alterações do Código Florestal e os Desafios do Desenvolvimento Sustentável", que teve como objetivo debater os impactos das mudanças na legislação ambiental do Brasil. O evento aconteceu no auditório do Instituto de Engenharia, em São Paulo. Representando o Consórcio PCJ, estiveram presentes o Gerente Técnico, Alexandre Vilella, e o Coordenador de Projetos, Guilherme Valarini. Segundo Novaes, o mais acertado seria existir um código florestal adequada para cada bioma brasileiro. Um bioma é definido como sendo uma comunidade de plantas e animais, geralmente de uma mesma formação, comunidade biótica. “Tinha de haver um código florestal adequado para cada bioma”, afirmou o jornalista. Para explicar sua ideia, Novaes citou como exemplo a questão do serrado brasileiro. Segundo ele, a região já perdeu quase 50% de sua vegetação e continua perdendo. “Metade do desmatamento anual no Brasil acontece no serrado. Pela legislação ele sequer considerado um bioma, ou seja, um patrimônio nacional”, disse o jornalista ambiental do Estado de São Paulo. O debate contou ainda com as participações de Samuel Ribeiro Giordano, Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FEA/USP, Sergius Gandolfi. Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz - ESALQ/USP, José Goldemberg – Instituto de Eletrotécnica e Energia - IEE/USP, Ricardo Ribeiro Rodrigues – Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz - ESALQ/USP.

Maior eficiência agrícola é possível reduzir áreas para pecuária e agricultura

O professor e pesquisador da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz - ESALQ/USP, Ricardo Ribeiro Rodrigues, trouxe números para mostrar a não necessidade de desmatamento em novas áreas com o intuito de exploração agrária ou pecuária. Ele citou como exemplo a produção de carne. Até 2022 serão necessários 1,1 bilhão de toneladas de carne para o consumo. De acordo com o pesquisador, o Brasil, atualmente, produz 55 kg por hectare ao ano. Serão necessários 14 milhões de hectares adicionais para atender essa demanda. “Se aumentarmos a tecnificação da pecuária, com o aporte em investimento em tecnologia de R$ 75 milhões atuais para R$ 350 milhões por ano, nós vamos usar apenas 8% da pastagem, atual. Hoje, o grande problema do Brasil é a tecnificação da pecuária”, pontuou Rodrigues. Segundo o professor da ESALQ, se houver um aumento de desenvolvimento e orientação técnica é possível liberar 80 milhões de hectares da pecuária para a produção de alimentos até 2080. “E ainda estão querendo derrubar floresta para pecuária e produção de alimentos”, comentou Rodrigues.

MP 571/2012 foi aprovada essa semana e segue para sanção da presidente Dilma

O Senado aprovou na última terça-feira, dia 25 de setembro, a Medida Provisória (MP 571/2012). O texto agora vai para a Presidente Dilma Rousseff, que poderá sancionar ou vetar novamente o texto que foi modificado pelos parlamentares. O texto original da MP já previa benefícios escalonados para propriedades até 10 módulos fiscais, os quais, no projeto aprovado, foram ampliados para áreas até 15 módulos fiscais, que são as médias propriedades. Também foi reduzida de 20 metros para 15 metros a largura da faixa mínima de mata exigida nas margens de rios, para médios produtores. E para os grandes produtores, a exigência mínima de recomposição de mata ciliar caiu de 30 metros para 20 metros.
Foi mantida, para as propriedades maiores, a recomposição máxima de 100 metros de mata. No entanto, foi aprovada norma que delega aos Programas de Regularização Ambiental (PRA), a serem implantados pelos governos estaduais, a definição sobre qual será a obrigação de recomposição de cada produtor, dentro do mínimo e máximo fixados.

Novas regras causam preocupação sobre a preservação de Matas Ciliares

No Seminário em São Paulo, foi atentado para esse ponto do Novo Código Florestal, que leva em conta o tamanho das propriedades rurais, medidas por módulos, e não somente a largura entre as margens dos rios, o que pode se configurar como uma ameaça à preservação de matas ciliares, com diminuição da área a ser recuperada e preservada. O Consórcio PCJ demonstrou tal preocupação sobre os potenciais impactos à recuperação e preservação dos mananciais, no início de agosto, durante o 1º Simpósio dos Comitês PCJ, realizado em São Pedro (SP).
“Com as alterações propostas pelo novo código florestal, uma propriedade rural que recuperamos suas áreas de preservação permanente quando a lei antiga ainda era vigente, se fôssemos fazer o plantio atualmente, reduziríamos pela metade a área que foi reflorestada. Consequentemente, todos os benefícios que as matas ciliares favorecem, como infiltração de água, aumento de biodiversidade, sequestro de carbono, dentre muitos outros, ficariam reduzidos proporcionalmente”, comenta o Coordenador de Projetos do Consórcio PCJ e responsável pelo Programa de Proteção aos Mananciais, Guilherme Valarini.

Para ler na íntegra a MP 571/2012, acesse: http://www6.senado.gov.br/mate-pdf/114726.pdf
Créditos Fotos: Banco de Imagens Consórcio PCJ
Assessoria de Comunicação - Consórcio PCJ.


There are several positions with respect to the New Forest Code, but the Associação Paulista dos Gestores Ambientais - APGAM notes in positioning the Washington Novaes Journalist and expert group PCJ Consortium, important questions, notes because the new Forest Code in more specific analysis, and certainly that involve management or conservation projects in all states of the federation, but especially native or specific biomes.

PCJ Consortium

"How to have a same forest code for a country with so many different biomes, with so many resources and different needs?" Was the question proposed by the environmental journalist and columnist for the newspaper O Estado de São Paulo, Washington Novaes during the Seminar "Amendments to the Code Forestry and Challenges of Sustainable Development ", which aimed to discuss the impacts of changes in environmental legislation in Brazil. The event was held in the auditorium of the Institute of Engineering in São Paulo. Representing the PCJ Consortium, attended the Technical Manager, Alexandre Vilella, and Project Coordinator, William Valarini. According to Novaes, the right thing would be an appropriate code for each forest biome. A biome is defined as a community of plants and animals, usually of the same formation, biotic community. "There had to be a code appropriate for each forest biome," said the journalist. To explain his idea, Novaes cited as an example the question of the Brazilian cerrado. He said the region has lost nearly 50% of its vegetation and keep losing. "Half of the annual deforestation in Brazil happens in sawn. By law he even considered a biome, or a national asset, "says environmental journalist of the State of São Paulo. The debate also featured the participation of Samuel Ribeiro Giordano, Faculty of Economics, Management and Accounting - FEA / USP, Sergius Gandolfi. Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz - ESALQ / USP, José Goldemberg - Institute of Electrical and Energy - IEE / USP, Ricardo Ribeiro Rodrigues - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz - ESALQ / USP.

Greater efficiency can reduce agricultural areas for livestock and agriculture

Professor and researcher at the School of Agriculture Luiz de Queiroz - ESALQ / USP, Ricardo Ribeiro Rodrigues, brought numbers to show no need for deforestation in new areas in order to exploit land or livestock. He cited as an example the production of meat. By 2022 will require 1.1 billion tons of meat for consumption. According to the researcher, Brazil currently produces 55 kg per hectare per year. It will take 14 million additional hectares to meet this demand. "If we increase the technification livestock, with the input in technology investment of R $ 75 million today to $ 350 million per year, we will use only 8% of the pasture today. Today, the big problem in Brazil is the technification livestock, "Rodrigues scored. According to Professor ESALQ, if there is an increase in development and technical guidance is possible to release 80 million hectares of livestock for food production by 2080. "And still wanting to overthrow forest farming and food production," said Rodrigues.

MP 571/2012 was approved this week and continues to sanction of President Dilma

The Senate approved last Tuesday, Sept. 25, Provisional Measure (MP 571/2012). The text now goes to President Dilma Rousseff, who will again sanction or veto the text that was modified by the parliamentarians. The original text of MP already provided benefits to tiered property tax up to 10 modules, which, in approved project areas have been expanded to up to 15 fiscal modules, which are the medium properties. Was also reduced from 20 meters to 15 meters the bandwidth required minimum forest on the banks of rivers to medium producers. And for big producers, the minimum requirement for restoration of riparian fell 30 meters to 20 meters.
Was maintained for larger properties, rebuilding maximum of 100 meters of forest. However, delegates approved standard that the Environmental Adjustment Programs (PRA), to be implemented by state governments, the definition of which is the obligation of each producer recomposition, within the minimum and maximum limits.

New rules raise concern about the preservation of Riparian Forests

In Seminar in Sao Paulo, this point was to attack the New Forest Code, which takes into account the size of farms, modular measures, not only the width of the river banks, which can be configured as a threat to preservation of riparian areas, decreasing the area to be restored and preserved. The PCJ Consortium showed such concern about potential impacts to the recovery and preservation of water sources, in early August, during the 1st Symposium of the PCJ Committee, held in San Pedro (SP).
"With the changes proposed by the new forest code, a rural property we recovered their permanent preservation areas when the old law was still in force, if we do the planting today, would reduce by half the area was reforested. Consequently, all the benefits that favor riparian forests as water infiltration, increase biodiversity, carbon sequestration, among many others, would be reduced proportionately, "says Project Coordinator PCJ Consortium and responsible for the Watershed Protection Program, William Valarini.

To read in full at MP 571/2012, please visit: http://www6.senado.gov.br/mate-pdf/114726.pdf
Photos Credit: Image Bank PCJ Consortium
Communication Advisor - PCJ Consortium

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