Dores de cabeça, ansiedade e déficit de atenção.
Irritação nos olhos, garganta e nariz, rinite.
Asma Bronquite Câncer de pulmão Enfisema.
Doenças cardiovasculares.
Impactos no fígado, baço e sangue.
Impactos no aparelho reprodutor.
Em grandes cidades, como São Paulo, a principal fonte de poluição do ar são os veículos automotivos, mas outras atividades humanas, como fábricas e queimadas de lixo também são fontes de poluentes. Dos escapamentos dos veículos automotores (carros, ônibus, caminhões e motocicletas) e das chaminés das fábricas saem gases, como o NO2, e partículas poluentes, que contaminam o ar. Na atmosfera, os gases reagem com outros gases presentes na atmosfera, gerando novas substâncias poluentes, como o ozônio. As partículas na atmosfera tendem a se aglomerar e, ao longo do tempo, se depositam em superfícies. Os ventos transportam os poluentes para outras regiões, mas obstáculos físicos, como prédios, montanhas e serras, dificultam a dispersão funcionando como barreiras.
O que é NO2? O NO2 (dióxido de nitrogênio) é um gás produzido pela queima de combustíveis em altas temperaturas. Em São Paulo os veículos automotores, são a principal fonte deste poluente. O que é ozônio? O ozônio também é um gás, que é formado naturalmente por reações químicas na presença de luz solar. Quando o ozônio se encontra na camada da atmosfera chamada estratosfera (faixa entre 15 a 50 km de altura) é responsável pela formação da camada de ozônio que consegue barrar os raios solares nocivos a vida na terra. Entretanto, o ozônio presente na região da atmosfera em que vivemos, a troposfera, causa grandes problemas à nossa saúde. Nesta região da atmosfera alguns poluentes emitidos por veículos automotivos, como alguns compostos orgânicos (COVs) e os óxidos de nitrogênio(como o NO2), aumentam a formação do ozônio.
Você já parou para pensar como está a qualidade do ar no seu bairro? Em 2014 e 2015 pesquisadores do Laboratório de Poluição Atmosférica Experimental da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) com colaboração de professores e alunos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP) realizaram um projeto para saber como está a qualidade do ar na região. O projeto foi realizado em uma área que engloba parte dos bairros Pq. Edu Chaves e Jd. Brasil (mapa ao lado), e teve o apoio da AGENDA 21_Vale do Rio Cabuçu, da Sociedade Amigos do Parque Edu Chaves, do CICAS, da Fundação Cultural Chico Mendes, da Associação Paulista dos Gestores Ambientais, e da SOS Edu Chaves. Para o projeto foram selecionados 40 residências na região onde foram colocados filtros para medida de gases poluentes (ozônio e NO2) e floreiras com a planta “coração roxo”. As folhas da planta coração roxo foram usadas para medir a quantidade de alguns metais que são emitidos pelos veículos junto com a fuligem.
Quando as partículas saem do escapamento dos carros, caminhões, ônibus e motocicletas, ficam por um curto período suspensas no ar, e com o passar do tempo, depositam nas superfície das folhas e os metais, como ferroe o zinco, acabam sendo absorvidos por elas.
Educação Ambiental: Durante o projeto foram realizadas palestras sobre poluição do ar e saúde, e oficinas de poluição do ar e monitoramento com plantas, para alunos e professores na escola E.M.E.F. General Júlio Marcondes Salgado e para os moradores nas associações SAPEC e CICAS. A escola, a SAPEC e o CICAS, apoiaram de forma gratificante e contribuíram significativamente com o projeto.
Nos mapas a cor vermelha indica os locais onde tem maior quantidade de poluente. NO2 o ozônio e para metais, cobre, ferro e zinco. em verde aqueles locais com menor quantidade destes poluentes. Os pontos pretos nos mapas mostram as residências onde foram colocados os filtros e os vasos com as plantas. Os resultados dos poluentes, NO2 e ozônio, foram encontrados com as medidas dos filtros colocados nas casas dos voluntários, nos meses de novembro e dezembro de 2014 e fevereiro, março, maio e junho de 2015. Os valores dos metais foi acumulado nas folhas das plantas no período de estudo, novembro de 2014 a junho de 2015.
Nos mapas a cor vermelha indica os locais onde tem maior quantidade do poluente, dioxido de nitrogênio, e do ferro. Em verde os locais com menor quantidade destes poluentes
Nos mapas a cor vermelha indica os locais onde tem maior quantidade do poluente, dioxido de nitrogênio, e do ferro. Em verde os locais com menor quantidade destes poluentes
O que podemos fazer para melhorar o ar que respiramos? Ajudamos na melhora da qualidade do ar usando menos nossos carros. Podemos fazer isto indo a pé a locais perto, dividindo o carro com amigos e vizinhos, usando transporte público. Manter o motor do carro regulado, não queimar lixo e pneus também ajuda a diminuir a poluição do ar. Cada um de nós pode ajudar a melhorar o ar que respiramos!
Processo FAPESP 2013/21817-5.
Texto: Dra. Regiani Oliveira - orientadora Projeto Cabuçu.
Foto: Ramos de Carvalho.
Colaboração: Associação Paulista dos Gestores Ambientais - APGAM
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