O
fraturamento hidráulico, também conhecido com “Fracking”, é utilizado para
realizar perfurações e extração de gás, o chamado gás xisto, ou gás de
folhelho, em inglês chamado de shale gas. A
profundidade das formações da camada de carvão metano (folhelho) variam de 137
m até para mais de 3.200 m. A diferença entre essa técnica (não-convencional) e
a perfuração convencional é que ela consegue acessar as rochas sedimentares de
folhelho no subsolo e, consequentemente, explorar reservatórios que antes eram
impossíveis de ser atingidos. Através da
tubulação instalada, é injetada uma mistura de imensa quantidade de água e
solventes químicos com potencial cancerígeno comprimidos. A grande pressão
provoca explosões que fragmentam a rocha. Para que o buraco não se feche
novamente, são injetadas enormes quantidades de areia, que supostamente evitam
que o terreno ceda ao mesmo tempo em que permite, por sua porosidade, a
migração do gás a ser extraído. O processo pode criar novos caminhos para a
liberação de gás ou pode ser usado para ampliar os canais existentes. Existem, no entanto, outras formas de
fraturar poços para extração de gás xisto. Às vezes, as fraturas são criadas
por gases injetáveis tais como o gás propano ou nitrogênio, e às vezes a
acidificação ocorre simultaneamente ao fraturamento. Acidificação envolve o
bombeamento de ácido (geralmente ácido clorídrico), na formação para dissolver
algum material da rocha, limpando os poros e permitindo que gás e líquido
possam fluir mais facilmente para dentro do poço. Alguns
estudos têm mostrado que mais de 90% de fluidos do fracking podem permanecer no
subsolo. Fluídos de fraturamento usados que retornam à superfície são muitas
vezes referidos como flowback, e estes resíduos são normalmente armazenados em
lagoas abertas ou tanques no local do poço antes da eliminação, gerando assim
contaminação do solo, ar e lençóis de água subterrânea.
Rodada 12
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e
Biocombustíveis, ANP, sem abrir consulta para a sociedade civil ou mesmo ter
comprovação científica da segurança de uma tecnologia como o Fracking, ofereceu
para leilão em 28 de novembro de 2013, 240 blocos localizados nos principais
aquíferos brasileiros, como o Guarani, Bauru, Acre, Parecis, Parnaíba e Urucuaia.
Neste dia fatídico, 12 empresas (1 francesa, 1 colombiana, 1 bermundesa, 1
panamenha e 8 brasileiras sendo as principais Petrobrás, Tucumann e COPEL) arremataram
78 blocos em quase 50% de toda a área disponível. Este resultado expõe as
bacias do Recôncavo, Alagoas, Paraná, Sergipe, Parnaíba e Acre a alto risco.
Mudanças Climáticas.
Além de distrair a indústria geradora de energia e governo do
investimento em fontes de energia renováveis, o processo de exploração do
Fracking emite metano, gás com 25 vezes mais potente que o CO2, contribuindo
cada vez mais para o agravamento das mudanças climáticas.
Consumo de Água
O Fracking utiliza no processo de exploração enormes quantidades
de água. Cada poço utiliza entre
aproximadamente de 7,8 a 15,1 milhões de litros de água (fonte). Estes litros e
litros devem ser transportados para o local de fraturamento, geralmente por via
terrestre em caminhões a diesel, o que representa um custo ambiental
significativo, especialmente considerando-se que estamos no meio de uma crise
hídrica no país. Em West Virginia (EUA), são
injetados aproximadamente 19 milhões de litros de fluido em cada poço
fraturado, e de toda a água utilizada no fraturamento hidráulico apenas 8% são
fluído flowback. (fonte)
Contaminação da Água
A água levada para os poços é misturada com areia e produtos
químicos para criar fluido do Fracking. Cerca de 151 mil litros de produtos
químicos são usados por
fraturamento. Até 600 produtos químicos são usados, incluindo substâncias
cancerígenas e toxinas conhecidas, tais como urânio, mercúrio, metanol, rádio,
ácido hidroclorídrico, formaldeído e muitas outras. Os produtos químicos potencialmente cancerígenos usado pode
escapar e contaminar as águas subterrâneas em torno do local Fracking. A
indústria sugere que incidentes de poluição são os resultados de má prática, ao
invés de uma técnica inerentemente arriscado.
Terremotos
Habitualmente o fracking provoca micro sismos que às vezes
desencadeiam tremores maiores que podem ser sentidos pelas populações locais.
Por vezes, estes eventos são aproveitados para obter um registro vertical e
horizontal da extensão da fratura. A injeção de água de reuso proveniente das
operações de fracking em poços de água salgada pode causar tremores maiores,
tendo-se registrado magnitudes de 3,3 (Mw). Vários terremotos em 2011 em Youngstown (Ohio) (incluindo um de
magnitude 4,0) estiveram relacionados com a injeção de águas residuais do
processo de fracking, de acordo com sismólogos da Universidade Columbia. Os
sismos tem se tornado mais frequentes. Em 2009, ocorreram 50 terremotos com
magnitude superior a 3,0 nas áreas dos estados do Alabama e Montana, enquanto
que em 2010 ocorreram 87. Em 2011 ocorreram 134 tremores na mesma área, um
aumento de 6 vezes em comparação aos níveis do século XX.
Ocupação de terras
Outra consequência é um alto índice de ocupação de terras devido a
plataformas de perfuração, áreas de estacionamento e manobra de caminhões,
equipes, instalações de processamento e transporte de gás, assim como as
estradas de acesso, que em casos de poços na Amazônia, podem ser vetores do
desmatamento.
Areas de riscos em São Paulo: Região de
Presidente Prudente, Dracena...
Fonte: site – Não Fracking Brasil
Indicação de Matéria -
Gestor Ambiental - Renan Andrade.
IFSM - Inconfidentes/MG
Movimento Nacional do Gestores Ambientais - MNGA.
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