Em uma tarde de dezembro de 1992, eu ainda com 12 anos de idade estava em minha sala de aula quando entrou um senhor vestindo um uniforme caqui, de chapelão na cabeça e lenço no pescoço. Eu já havia visto alguns desses caminhando e realizando jogos na escola e na rua, mas nunca me interessei a não ser pelos acampamentos de que tanto ouvi dizer. Para minha surpresa aquele senhor estava fazendo um convite às crianças para participarem de uma das melhores atividades realizadas pelos escoteiros: um acampamento. Esse evento teria a duração de dois dias e realizaríamos diversas atividades típicas escoteiras. Empolgado com a idéia de estar fora de casa, sem meus pais e com aquela sensação de liberdade típica de um pré-adolescente não hesitei em pegar os informativos e levar à minha mãe que parecendo saber o que estava fazendo, autorizou sem questionamento algum. Aqueles dois dias de acampamento foram muito importantes para aqueles jovens patas-tenras que estavam tomando suas primeiras lições de disciplina e diversão, principalmente para mim. Atividades variadas, jogos descontraídos, técnicas mateiras e muitas lições sobre deveres para com Deus, Pátria e o Próximo. Naqueles dois dias percebi o quanto vivíamos afastados de uma vida junto à natureza. Acampar, olhar as estrelas, escalar uma arvore para ver mais longe e com mais amplitude... Pude perceber o quanto era mais forte e feliz naquele espaço da qual eu estava integrado pelo menos naquele momento. O tempo foi passando e continuei no escotismo, vestindo meu uniforme caqui e vivenciando a Promessa e a Lei Escoteira. A cada dia, uma nova descoberta me trazia a vontade de continuar buscando e pude entender o significado da natureza
Texto e foto: David Marcel - Graduando - EACH/USP - Diretor Regional da 11ª Área Escoteira Metropolitana Norte - Diretor Presidente do 126º Grupo Escoteiro Jaçanã – SP - Membro do Conselho Fiscal da APGAM
Contatos: davimarcel@gmail.com
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