Dados inéditos do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)
mostram que 71,8% dos municípios não possuíam, em 2011, uma política municipal
de saneamento básico. A estatística corresponde a 3.995 cidades que não
respeitam a Lei Nacional de Saneamento Básico, aprovada em 2007. A maioria (60,5%) não tinha acompanhamento algum quanto às licenças de
esgotamento sanitário, além da drenagem e manejo de águas pluviais urbanas e do
abastecimento de água. Em quase metade das cidades do país (47,8%), não há
órgão de fiscalização da qualidade da água. Segundo a "Pesquisa de Informações Básicas Municipais", a
Munic, divulgado, 1.569 cidades possuíam políticas dessa
natureza, isto é, 28,2% dos 5.564 municípios brasileiros. A Lei 11.445,
que dispõe sobre diretrizes nacionais para o saneamento básico, determina que
todas as cidades devem elaborar seus respectivos planos municipais. O decreto diz ainda que as prefeituras devem estabelecer mecanismos de
fiscalização quanto ao abastecimento de água, esgotamento sanitário, entre
outros. No entanto, 4.060 municípios (73%) ainda não aprovaram normas
neste sentido, para qualquer um dos serviços de saneamento básico. Entre as cidades que têm estrutura específica, isto é, gestores públicos
responsáveis por ações referentes ao tema, 768 (48,9%) definiram metas e
estratégias por meio de planos municipais devidamente aprovados pelo poder
legislativo local. Já 759 municípios (48,4%) utilizavam prestação de serviços
e/ou realizavam processo licitatório.
Estrutura do saneamento básico,
segundo características do plano municipal
Menos da metade (46,1%) das cidades
que possuem planos municipais de saneamento básico direcionam esforços para
ações emergenciais e de contingências
Coleta de lixo
Pouco mais de 32% dos municípios no país (1.796) possuem programa,
projeto ou ação de coleta seletiva de lixo em atividade, segundo a pesquisa do
IBGE. Por outro lado, 2.376 cidades (42,7%) continuam sem qualquer tipo de
iniciativa relacionada à coleta seletiva.
Sem coleta seletiva.
- 2.376
cidades
Não possuem política municipal de
coleta seletiva.
- 1.070
cidades
Não têm programa, mas desenvolvem
algum tipo de ação ou programa piloto.
- 184 cidades
Possuem projeto piloto de coleta
seletiva em áreas restritas.
- 138 cidades Iniciaram programas de coletiva seletiva, que foram interrompidos posteriormente. A maioria (55) em função da ausência de locais adequados para triagem.
Já 3,3% dos municípios possuem projeto piloto de coleta seletiva, mas
apenas em áreas restritas. Enquanto isso, 2,5% das cidades chegaram a iniciar
programas dessa natureza, porém interromperam por motivos não especificados. Considerando o serviço de limpeza urbana, a região Sul se destaca no
estudo sobre o perfil dos municípios brasileiros, com 663 cidades nas quais há
coleta seletiva --o que representa 55,8% em relação ao resto do país. O
Sudeste, com 41,5% (693 cidades), ocupa o segundo lugar do ranking regional.
Por outro lado, as regiões Norte e Nordeste possuem as maiores
proporções de municípios sem programas, 62,8% (282) e 62,3% (1.118),
respectivamente. De acordo com o IBGE, a coleta seletiva é mais frequente nas
grandes cidades: 68,2% (193) dos municípios com mais de 100 mil declaram
possuir programa em atividade.
Essa é a primeira vez que o IBGE investiga a infraestrutura
municipal de saneamento básico, antes analisada apenas pela PNSB (Pesquisa Nacional
de Saneamento Básico), cuja última edição foi publicada em 2008.
Dados: IBGE - Texto: UOL. - foto: nopatio.com.br
...até quando vamos ficarmos parados,sem contar que ficam muito mais caros os tratamentos á saúde.
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