Em parceria com as entidades da Agenda 21 do Vale do Rio Cabuçu, o Depto
de Poluição Ambiental da Universidade de Medicina de São Paulo - FMUSP que tem
como responsável o Emérito Prof. Dr. Paulo Saldiva, realizou a sua primeira
visita de reconhecimento no Vale do Rio Cabuçu. Este grupo de profissionais
composto pela Dra. Regiani Carvalho, Enga. Ambiental Juliana Vargas e Agron.
Tiana Moreira, acompanhado pela representante da Agenda 21 do Vale do Rio
Cabuçu, a Sra. Terezinha Batista e dos Gestores Ambientais: Jose Ramos de
Carvalho e Rozima Araujo – diretores da Associação Paulista dos Gestores
Ambientais, e que também pertence ao grupo das entidades que formam a Agenda 21
do Vale do Rio Cabuçu. A visita inicialmente tinha como objetivo o
reconhecimento geográfico, avaliações preliminares e a composição da logística
dos estudos e pesquisas. A recepção na residência da Sra. Terezinha Batista
contou com a presença de alguns moradores que mencionaram as enfermidades
decorrentes da poluição do ar, como alergias respiratórias que atingem as
crianças e adolescentes, e um fato que chamou a nossa atenção, a informação de
mais uma morte de um adulto de 58 anos (25/01/13) que teve como “Causa Morte” -
Cancer do Pulmão. Esta apresentação do Vale do Rio Cabuçu, além do contato
acima com a comunidade, tínhamos três destinos, onde poderíamos preliminarmente
reconhecer a amplitude fisica do Vale do Rio Cabuçu, sua área de abrangência, a
população, e as evidências da carga ou volumes de poluentes. O primeiro local
foi uma casa de venda de materiais hidráulicos, onde os tubos e conexões
estavam em partes cobertos por fuligens de dióxido de carbono, e que seu
proprietário, comentou - “Que tinha profundas preocupações, com a sua exposição
a esta carga de material tóxico, oriundos da queima de combustíveis fosseis, e
já se utiliza de medicamentos para combater alergias”. E a visita teve a sua
conclusão na observação, tanto do lado da cidade de São Paulo, e posteriormente
da cidade de Guarulhos, com relação ao espaço a ser monitorado, onde a
logística de arrecadação de materiais para pesquisa e estudos dependerá da
contribuição voluntária das comunidades, e especialmente das entidades e
Associações de moradores que compõem a Agenda 21 do Vale do Rio Cabuçu, além de
um convite já enviado a EACH/USP junto ao Coordenador do Curso de Gestão
Ambiental Prof. André Simões, que colocou se a disposição para futuras
avaliações e possibilidades, principalmente em compor esta logística de
pesquisa e estudos com a Faculdade de Medicina de São Paulo. A Dra. Regiani
Carvalho, comentou que, - ”Os estudos e pesquisas efetuadas pela Faculdade de
Medicina de São Paulo, no departamento de poluição ambiental, tem como objetivo
compor dados e fundamentos técnicos de saúde ambiental, para avaliações de
interesse acadêmico: Mestrados ou Doutorados, publicações cientificas,
e disponibiliza para futuras ações do Poder Publico em suas diversas áreas de
atuações”. Esta visita da Universidade de Medicina da USP, representada pela
equipe do Prof. Dr. Paulo Saldiva, consolida além das coincidências,
motivações, particularidades, a forte persistência da Associação Paulista dos
Gestores Ambientais – APGAM, através de seus diretores mencionados acima, em
estabelecer junto ao Vale do Rio Cabuçu que recebe diariamente uma carga
excessiva de poluição do ar produzida por fortes vetores de desenvolvimento
econômico: Aeroporto de Cumbica/Guarulhos, Rodovias Fernão Dias e Presidente
Dutra, Terminal de Cargas Fernão Dias, instalação do futuro Rodoanel Trecho
NORTE, a necessidade de estudos mais profundos sobre a saúde ambiental da nossa
população, avaliando parâmetros, e oferecendo suporte ao Poder Publico para
avaliar futuros projetos, adequações ao plano diretor, e a já desastrosa
exclusão ambiental que permeia as classes mais desfavorecidas. O fato que os
agradecimentos a Faculdade de Medicina de São Paulo - FMUSP, representado pela
equipe do Prof. Paulo Saldiva, por esta iniciativa se estende por todas as
entidades da Agenda 21 do Vale do Rio Cabuçu, mas especialmente por toda a
população que vive, e ainda respira dentro deste “envelope geográfico” que
envolve todo o Vale do Rio Cabuçu.
Texto e Foto: Jose Ramos de Carvalho (Gestor Ambiental)
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