domingo, 25 de maio de 2014

Projeto Cabuçu - Universidade de Medicina de São Paulo - FMUSP e IFSP




Projeto Cabuçu – FMUSP/IFSP

Avaliação dos efeitos da poluição atmosférica em residentes da região do Vale do Rio Cabuçu – São Paulo – Brasil.

Bairros – área do projeto : Jd. Julieta, Jd. Guancã, Vila Sabrina, Parque Edu Chaves, Jd. Brasil, Vila Constancia e Jd. Cabuçu.

Quadrantes: Rodovia Fernão Dias, Av. Jardim Japão, Av. Julio Buono e Av. Simão de Castro.

     O Projeto Cabuçu – ação inovadora entre a Universidade de Medicina da USP – FMUSP em parceria educacional com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia/SP, com os apoios institucionais:  Fundo de Apoio a Pesquisa do Estado de São Paulo – FAPESP, Fundo Nacional de Desenvolvimento de Educação – FNDE, PET Lic. Bio, e Ministério da Educação - MEC. O Projeto Cabuçu retoma o desejo inovador de aproximar o espaço de domínio acadêmico, com a Comunidade, em um movimento de Agenda 21, estabelecido como ferramenta participativa das questões socioambientais  na “Rio 92”.

     À agenda 21 do Vale do Rio Cabuçu idealizada pelo Ga. José Ramos de Carvalho (UNICID), Ga. Rozima Araujo (FMU) e Ga. Marcos Borges (SENAC),  com apoio institucional da Associação Paulista dos Gestores Ambientais – APGAM - Pres. Ga. Fransueldo Pereira da Silva, reuniu entidades de cunhos sociais e culturais:
Associações de Moradores:  Sociedade Amigos do Parque Edu Chaves - SAPEC, Associação dos Moradores do Jd. Guancã, Associação dos Moradores do Jd. Cabuçu, e recentemente convidamos à Associação dos Moradores do Jd. Brasil e a Associação dos Moradores do Jd. Vila Nova Galvão – AMOVILA (Guarulhos).
Associações Culturais: Associação Cultural – Sinfonia de Cães, Associação Cultural – Chico Mendes (Guarulhos), e Centro Independente de Cultura Alternativa e Social – CICAS.

Objetivo do Projeto:
• Caracterizar os efeitos da contaminação atmosférica da região do Vale do Rio Cabuçu;
• Identificar os efeitos da contaminação sobre a saúde da população;
•Transferir conhecimento cientifico e ferramentas que possibilitem a população autonomia para o monitoramento da qualidade do ar.  

   Nestas duas ultimas datas: 17 e 24 de Maio de 2014, iniciamos as palestras de apresentação do projeto junto a comunidade (foto) para atender a 1ª etapa do Projeto Cabuçu que teve a participação das entidades e seus articuladores para o entendimento do projeto e avançar para as próximas etapas: transporte das floreiras e posteriormente a divulgação entre os pares para a confecção de 1200 questionários, onde teremos as participações de alunos para Pós-graduções de Licenciatura em Biologia / Instituto Federal de São Paulo, e colegas das áreas de Engenharia Ambiental e Química.
   Desde o dia 17/10/2012 (Quarta-Feira) em uma reunião com o Dr. Paulo Saldiva, onde participaram os Gestores Ambientais: José Ramos de Carvalho e Rozima Araujo, acompanhados pela Sra. Terezinha Monteiro (Rep. Dos Idosos), estabeleceu o desejo de implantar um Projeto de Pesquisa que fosse possível avaliar os níveis de poluição atmosférica na região do Vale do Rio Cabuçu e a saúde ambiental de parte de sua população. Daquele primeiro dia (17/10/2012) até esta data de apresentação concreta do projeto (17/05/2014), se passaram 19 meses de muita expectativa e trabalho, com a direção da Dra. Regiani Oliveira, superando a cada etapa de sua pré-instalação: FAPESP e Comissão de Ética/USP (Projetos). E somando a esta trajetória de instalação, o desejo do Instituto Federal de São Paulo, representado pela Dra. Martha Godinho, em participar, e oferecer aos alunos de Licenciatura em Biologia, a possibilidade em sua pós-graduação, e de atuar junto as comunidades.  
   Dentro do conceito da Gestão Ambiental de clinicar ambientalmente, e de apresentar suas observações, e de especialmente participar de conceitos sociais e ambientais, inclusive com origem em outras formações acadêmicas, dentro do espaço socioambiental, colaborando e identificando novas ações operacionais, e pesquisas acadêmicas. A Associação Paulista dos Gestores Ambientais – APGAM agradece imensamente a todos os profissionais, acadêmicos e especialmente a comunidade e suas entidades participantes da Agenda 21 do Vale do Rio Cabuçu, pela oportunidade do “Reconhecimento e Participação” dos Gestores Ambientais, e desejar sucesso profissional a todos nestes próximos dois anos do Projeto Cabuçu.                              
 Texto e fotos; Ga. Jose Ramos de Carvalho



quinta-feira, 8 de maio de 2014

Cresce o número de cursos voltados para a área ambiental

Cresce no Brasil o número de cursos voltados para a área ambiental. Segundo o Ministério da Educação, existem hoje no país aproximadamente dois mil cursos dos mais variados tipos. Somente nas escolas do Senac, por exemplo, foram oferecidos no ano passado 32 cursos ligados a área ambiental com 5.414 alunos. “Nos últimos seis anos, a gente percebeu um aumento de 400% no número de alunos no estado do Rio de Janeiro. Mas, por conta disso, a gente começou com cursos menores e evoluímos para cursos maiores de graduação e pós-graduação”, afirma Marcelo Pereira Barbosa, gerente de produtos de segurança e meio ambiente do Senac/RJ. Um dos cursos mais procurados é o de gestão ambiental. A turma reúne alunos de diferentes idades e formações profissionais. “Minha expectativa é ter uma consultoria ou estar diretamente contratado numa grande empresa e poder então usar tudo o que eu aprendi na gestão ambiental”, diz o aluno Claus Hinden. “A gente tem o mais variado tipo de público. Tem gente já com graduação e tem gente buscando trilhar uma outra carreira dentro da vida dela”, explica o professor do curso, Emilio Masuda.  Dália Maimon coordena três cursos ligados à área ambiental na Universidade Federal do Rio de Janeiro. O que não falta é aluno para aprender economia, construção e turismo sustentáveis.  “Todos estão empregados. É impressionante a capacidade do mercado de absorver esses professores. Nós temos demanda das empresas e demandas de ONGs de colocação e mesmo de órgãos das Nações Unidas. Temos alunos estrangeiros, franceses, australianos, portugueses, italianos que vem aqui fazer essa especialização porque não há nos seus países”, fiz Dália.
Neste mercado de trabalho dinâmico e em constante transformação a tendência é que os profissionais ligados em sustentabilidade sejam cada vez mais valorizados. É o revela uma pesquisa da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro realizada em todo o país.
A pesquisa ouviu 402 empresas que empregam 2,2 milhões de funcionários. Em todo o brasil,  59% das empresas pretendem aumentar as contratações na área ambiental até 2020.
Os chamados empregos verdes já respondem por quase 7 % (6,6%) de todos os empregos formais do país. De 2006 a 2010, o crescimento foi de quase 27%. Entre as profissões mais valorizadas, estão a de biotecnologista, engenheiro ambiental, técnico ambiental, engenheiro florestal e gestor ambiental. A pesquisa da Firjan também revelou as mais bem remuneradas neste segmento no estado do Rio. Os salários médios variam de R$ 4.500 a R$ 12.980.  “Com certeza essas profissões estarão com muitas oportunidades até 2020”, acredita Ilda Alvez, gerente de pesquisas do sistema Firjan. A equipe de reportagem visitou uma das maiores empresas do mundo na área de cosméticos em Cajamar, São Paulo. Quem deseja subir na vida por lá sabe que uma boa formação na área ambiental conta preciosos pontos. É o caso da Inês Cristina Franck. Para chegar ao cargo de gerente de tecnologias sustentáveis ela teve que aprender a medir os impactos causados pela empresa ao meio ambiente.  
“A gente faz toda a mensuração de quantidade de água que utiliza na fábrica, quantidade de carbono emitida dentro da nossa rede de transporte para ver que tipo de ações a gente pode fazer pra melhorar isso”, diz Inês. Alessandro Mendes coordena uma equipe de 140 funcionários. Para assumir o cargo de diretor de desenvolvimento da empresa, ele foi obrigado a buscar informações aonde a maioria das universidades ainda não chegou. “A academia não atende mais esta velocidade de novas profissões que são criadas e cabe ao profissional buscar informações por conta própria, ser autodidata e também cabe a academia rever o seu papel nesse novo contexto”, conclui Alessandro. Quem busca uma vaga no mercado de trabalho já sabe: cuidar melhor do planeta é algo que pode dar muito prazer, e – por que não? – dinheiro.

André Trigueiro - Rio de Janeiro
foto: Brasil Carreiras.

http://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2013/08/cresce-o-numero-de-cursos-voltados-para-area-ambiental.html

sábado, 3 de maio de 2014

IBGE: 66,5% das cidades não têm Plano de Resíduos Sólidos



Dois terços dos municípios brasileiros não tinham Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos em 2013, segundo levantamento do IBGE. O plano, segundo a lei de 2010 que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos, é pré-requisito para que as cidades obtenham recursos do governo federal, financiamentos, incentivos ou crédito na área de limpeza urbana e resíduos sólidos. De acordo com a Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic) 2013, do IBGE, divulgada nesta quarta-feira, apenas 33,5% (ou 1.868) dos municípios do País possuíam o Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos. O plano deve prever ações para esse tipo de resíduo, considerando o desenvolvimento sustentável. Entre os Estados com menor percentual de municípios com esse tipo de instrumento estão o Acre (em que apenas uma das 22 cidades tem o plano) e o Piauí (onde só 6,7% das cidades possuem). Os Estados com maior percentual foram o Amazonas (80,6%) e Piauí (63,4%). Por outro lado, a Munic constatou alguns avanços na maneira como as cidades têm lidado com questões ambientais. O percentual de municípios com legislação específica na área aumentou, passando de 55,4% em 2012 para 65,5% em 2013. O crescimento se deu em todas as regiões do País, especialmente no Norte e no Centro-Oeste, onde o problema do desmatamento é mais sério. O percentual de cidades que estão elaborando as suas Agendas 21 Locais aumentou em 2013, interrompendo um movimento de declínio observado em anos anteriores. O objetivo da Agenda 21 Local é formular programa de ação estratégico para desenvolvimento sustentável por meio de políticas públicas. Em 2013, 21,5% dos municípios haviam começado a elaborar o programa, índice maior que os de 2009 (19,9%) e 2012 (18,1%). O crescimento ocorreu principalmente no Norte do Brasil. As prefeituras têm empregado cada vez mais funcionários na área de meio ambiente: em 2013, havia 61.295 pessoas ocupadas nesse setor, quase o dobro de 2002, quando havia 31.098 pessoas. Porém, o aumento se deu com pessoal em cargos comissionados e estagiários. De acordo com a Munic, em 2013, 41% das cidades possuíam alguma iniciativa de consumo sustentável em 2013, como redução de consumo de água e energia (47,8%) e redução do uso de sacolinhas plásticas (40%).  Os conselhos municipais de meio ambiente estão presentes em 67,9% das cidades do País (contra apenas 3,3% em 1987) e estão mais frequentes em regiões economicamente mais desenvolvidas, como o Sudeste e o Sul. O levantamento do IBGE foi feito com informações fornecidas pelas 5570 prefeituras do Brasil entre março e novembro de 2013.
 Foto: Santec - Texto