sexta-feira, 6 de junho de 2014

São Paulo dobra capacidade de reciclagem com primeira central de triagem mecanizada da América Latina


Novo equipamento de separação de resíduos sólidos tem capacidade de processar 250 toneladas por dia. Renda será revertida para parcerias com novas cooperativas e remuneração dos serviços dos catadores.

O prefeito Fernando Haddad inaugurou nesta quinta-feira (5) a primeira central mecanizada de triagem de resíduos recicláveis da América Latina, localizada na Ponte Pequena, na região do Bom Retiro. O equipamento tem capacidade de processar 250 toneladas por dia e contribui para dobrar a quantidade de resíduos reciclados na cidade. Para o prefeito Haddad, a Prefeitura inova ao aliar o aumento de processamento de resíduos a ganhos sociais. “Esta central é pioneira no mundo porque tem uma perspectiva socioambiental. Ela inclui os catadores manuais, que eram vistos até outro dia como cidadãos de segunda classe. Agora são operários de uma indústria de ponta, com os equipamentos mais modernos do mundo”, afirmou Haddad.


O processo de triagem mecanizada emprega 50 catadores e gera receita líquida mensal de R$ 1,6 milhão, que será revertida para o Fundo Municipal de Coleta Seletiva, Logística Reversa e Inclusão de Catadores. Estes recursos permitirão parcerias com novas cooperativas e financiará a remuneração dos serviços dos catadores em toda a cidade.

“Muita gente fala dos modelos internacionais, mas agora temos o melhor da tecnologia em São Paulo com uma novidade: a participação dos catadores. Não é só uma meta de reciclagem, é a exigência do aumento de qualidade de vida, o respeito a todos os estratos sociais, e agora todos vão poder reciclar”, disse a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

Segundo Luiza Maria Honorato, do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), existem em São Paulo cerca de 20 mil catadores de material reciclável. “Nós estamos no caminho correto. Os catadores descobriram que o lixo é sustentabilidade e dá renda para quem precisa. A sociedade precisa saber que a receita da inclusão social é darmos as mãos em torno daquilo que nós chamamos de lixo”, disse Luiza.


Meio Ambiente
A nova central foi inaugurada no Dia Mundial do Meio Ambiente. Integra a meta de aumento do percentual de coleta seletiva em São Paulo dos atuais 2% para 10%, até 2016. Segundo a concessionária Loga, o novo método separação dos resíduos permitirá um plano de expansão do atendimento com coleta seletiva para a totalidade dos 1,5 milhão domicílios localizados na área de atuação da empresa, nas zonas norte, oeste e central da cidade.

Durante a inauguração, o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria Geral da Presidência da República) falou sobre o pioneirismo da iniciativa da cidade de São Paulo. “Hoje é um dia marcante na história do nosso país. Nós estamos juntando aqui aquilo que é essencial no mundo hoje: o cuidado com o meio ambiente, o cuidado com o ser humano e a melhor tecnologia possível”, afirmou Carvalho.

Para a instalação da central foram investidos R$ 26 milhões, sendo R$ 15 milhões em equipamentos. Não há custo para a Prefeitura, pois a empresa concessionária Loga é a responsável pelo empreendimento, como parte de obrigações contratuais.


Separação dos resíduos
Os equipamentos instalados em São Paulo são inéditos na América Latina e foram importados da França, da Espanha e da Alemanha. Estão instalados em um espaço de 3 mil m². Após a chegada dos resíduos nos caminhões, eles passam por uma pré-seleção manual, que separa o vidro e materiais de grande volume. Em seguida, são encaminhados para um equipamento chamado Trommel, que faz a separação por tamanho por meio de um mecanismo semelhante a uma peneira. Todo o trajeto dos materiais ocorre por esteiras automatizadas e os sacos são abertos por uma máquina. 

A próxima etapa é a passagem dos resíduos por um equipamento chamado balístico, que identifica resíduos bidimensionais, como folhas de papel ou pedaços de papelão, dos tridimensionais, como latas e garrafas. Os materiais metálicos são também separados automaticamente por meio de magnetismo e por indução elétrica. Por fim, leitores óticos separam os plásticos por tipo e cor. Ao todo, como produto final são separados nove tipos diferentes de material, em blocos compactados.

Roberto Pereira Reis, 50 anos, é um dos cooperados que irá trabalhar na central e está em treinamento para operar os novos equipamentos. “Para quem olha de primeira vista parece complicado porque é novidade e precisa de conhecimento. Mas é mais rentável, é um trabalho muito menos desgastante e a remuneração é mais justa”, explica Roberto. “O ambiente tem mais limpeza, tem mais qualidade e volume do produto, o que permite barganhar na hora de vender o material”, conta o cooperado, que trabalha com reciclagem há 6 anos. 

Nota da APGAM:
  
     A Associação Paulista dos Gestores Ambientais - APGAM, esteve presente nesta nova instalação do Centro de Triagem de Resíduos, por sua importancia, e por um futuro espaço de atuação dos profissionais em Gestão Ambiental, pois estão previstas à instalação de mais 03 unidades na Capital de São Paulo até 2016, segundo o Secretario Dr. Simão Pedro. E assim atender uma demanda de 12.000 ton/dia de residuos produzidos por 12 milhões de habitantes. E existe o desejo da Secretaria em instalar uma destas unidades de reciclagem na região da Subprefeitura de Vila Maria/Vila Guilherme no Vale do Rio Cabuçu, e estamos incentivando o Subprefeito - Engo.Gilberto Rossi, no sentido de instalar neste projeto:  Centro de Educação Ambiental, e um "Viveiro de Mudas", pelas necessidades futuras de arborização da região do Vale do Rio Cabuçu, sendo um exemplo futuro de parcerias profissionais, e por um projeto socioambiental dentro de parâmetros corretos de sustentabilidade.



Texto Oficial - Portal da Prefeitura do Municipio de São Paulo
Foto: Jose Ramos de Carvalho - Dir. Comunicação e Imprensa - APGAM

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Concurso Publico em Santa Catarina exclui - Gestão Ambiental.


Mais uma vez deparamos com concursos públicos onde as atribuições solicitadas fazem parte da grade curricular dos profissionais formados em Gestão Ambiental. Este novo ato aconteceu na cidade de Braço do Norte – Santa Catarina. Mas, ao tomar conhecimento que não poderia realizar a sua inscrição, e observando que as atribuições faziam parte de sua grade curricular a Gestora Ambiental – Ga. Patricia Cadis – entrou com uma “Denuncia” junto ao Ministério Publico – Santa Catarina para preservar os seus direitos de formação acadêmica, conforme o exposto nas atribuições estabelecidas ao profissional de Gestão Ambiental pelo próprio Ministério de Educação – MEC.


Número do MP: 11.2014.00002920-7 - Denúncia
Situação:
Evoluído para outro feito
Data da instauração:
27/05/2014 às 10:04
Assunto:
BRAÇO DO NORTE - Inclusão de Tecnólogos em Gestão Ambiental no CONCURSO PÚBLICO FUNBAMA Nº 001/2014 EDITAL 001/2014 - Olá, solicito por meio desta a inclusão de Tecnólogos em Gestão Ambiental para o CARGO de Analista Ambiental que está com habilitação somente para Engº Ambiental ou Sanitário, pois, o Tecnólogo em Gestão Ambiental também têm ATRIBUIÇÃO para exercer a função especificada no EDITAL.http://www.exitoprojetos.com.br/publicacoes_concursos.php?cod_concurso=13
Município do fato:
Braço do Norte - SC
Órgão responsável :
Ouvidoria do Ministério Público
E-mail:
ouvidoria@mpsc.mp.br
Partes
Participação Nome
Manifestante Patricia Cadis

      Opinião da APGAM - Varios "Concursos Publicos" editados por Empresas Publicas em suas estancias administrativas, vem privilegiando carreiras que estão se adequando ou se adaptando junto as questões de manuseio ambiental. O fato é que o próprio Ministério da Educação (MEC), forneceu e exigiu os parâmetros como atribuições para a formação dos profissionais em Gestão Ambiental. E estamos percebendo que por um único instrumento burocrático emitido por um Conselho Profissional, e especifico de outra  formação acadêmica (ART), esta se tornando um fardo desastroso para milhares de acadêmicos e profissionais formados em Gestão Ambiental. E esta exclusão tem causado danos de confiabilidade aos acadêmicos, e especialmente aos milhares de profissionais, que confiaram nas resoluções, e nas grades curriculares de formação profissional,  na fiscalização operacional das Instituições de Ensino Superior Privadas, Estaduais e Federais espalhadas por todo o Território Nacional gerenciada
e de responsabilidade do Ministério da Educação - MEC.  Não podemos compreender que centena de milhoes de reais são gastos por Universidades de Ensino Superior: Municipais,  Estaduais, e Federais na formação de Gestores Ambientais, e que por decorrência uma ação burocrática e especifica, impeçam milhares de jovens a desenvolver sua vocação natural e atender as atribuições formalizadas e exigidas pelo proprio Ministério da Educação do governo Federal.

Texto: José Ramos de Carvalho  - Foto: Logo - Exito Projetos