sábado, 11 de junho de 2022

Neurociência Ambiental: Arquitetura e Urbanismo.

 

Neurociência Ambiental é uma ciência, área crescente de extrema importância, dedicada ao estudo do impacto dos ambientes sociais e físicos, sobre os processos e comportamentos do 
nosso cérebro. Desde várias oportunidades de interação social aos níveis de ruído e acesso a áreas verdes, as características do meio urbano têm implicações importantes para os mecanismos neurais e o funcionamento adequado do cérebro, influenciando assim nosso estado físico. O campo ilustra uma imagem diferente de como as cidades impactam nossa saúde e bem-estar, proporcionando assim uma nova camada científica de compreensão, que poderia ajudar arquitetos, urbanistas e tomadores de decisão a criar ambientes urbanos mais equitativos e leves por assim dizer.Temos dois campos de estudos, são eles: a Psicologia Espacial e a Neurociência Ambiental, uma estuda o impacto do entorno sobre o comportamento humano, sentimentos e pensamentos e a outra é o estudo de como o ambiente afeta os processos biológicos, o sistema nervoso e o cérebro, sendo esta então a neurociência ambiental.Temos dois campos de estudos, são eles: a Psicologia Espacial e a Neurociência Ambiental, uma estuda o impacto do entorno sobre o comportamento humano, sentimentos e pensamentos e a outra é o estudo de como o ambiente afeta os processos biológicos, o sistema nervoso e o cérebro, sendo esta então a neurociência ambiental. Na neurociência ambiental são utilizadas técnicas de imagem do cérebro, modelos estatísticos e até equipamentos de rastreamento ocular, tudo isso para quantificar as interações e as relações entre o individuo e o meio ambiente. Essa introdução nos faz migrar por diversos campos de estudos da neurociência refletindo que um meio ambiente equilibrado visualmente, arborizado, limpo, bem estruturado e diversos outros fatores que de é extrema importância, nos traz benefícios, melhorias e qualidade de vida abrangendo a neurociência em diversas disciplinas, entre elas temos as que tangem infraestrutura, arquitetura e urbanismo. A neurociência e ambiente construído. neuroarquitetura é um campo interdisciplinar ou seja, disciplinas relacionam seus conteúdospara aprofundar o conhecimento e levar a dinâmica do ensino de medir as mudanças no cérebro e no corpo pela interação do espaço construído. neurourbanismo abrange a neurociência, arquitetura, planejamento urbano e sociologia, no intuito de entender quais os desafios de saúde mental estamos convivendo como sociedade. Em todos os casos, estudos e campos emergentes, a neurociência está entrando no campo da arquitetura e do urbanismo com o olhar de desenvolvimento de novas políticas, e criar ambientes construídos mais saudáveis a condição de vida: 

 

"... artigo 225, caput, ela garante a todos um meio ambiente ecologicamente equilibrado e, no inciso V, incumbe ao Poder Público o dever de controlar a produção, comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente."
 
A neurociência ganhou mais visibilidade nos últimos anos estudando as interações humanas com o meio que se relacionam como um todo, visto que há uma demanda para se entender como as pessoas percebem e respondem ao seu entorno.
É óbvio a percepção de que os espaços verdes nas cidades são fundamentais para o bem-estar dos cidadãos. Ainda assim, o Laboratório de Neurociência Ambiental da Universidade de Chicago (ENL - Environmental Neuroscience Lab), descobriu que até mesmo poucas interações com ambientes naturais, como caminhar no parque, podem melhorar a memória em 20% do indivíduo. Este impacto mensurável na produtividade pode ter implicações para o projeto de ambientes de trabalho ou para o ambiente urbano de instalações educacionais.A pandemia abriu olhares aos espaços ao ar livre e, à medida que as cidades ajustaram a forma como fazem o uso e ocupação do solo do espaço público, a iniquidade verde tornou-se aparente. Estudos demonstraram que estar em espaços verdes, ajuda inclusive, a reparar as desigualdades de saúde relacionadas a renda. Isso quer dizer que, embora o combate à desigualdade de renda não esteja entre os atributos dos arquitetos e urbanistas, a profissão pode resolver o problema através do fornecimento de mais áreas verdes em comunidades de baixa renda.Embora as cidades grandes tenham um desafio grande em solucionar problemas ligados a saúde mental do que as áreas arborizadas (rural), outro estudo conduzido pelo ENL, destacou como as grandes cidades atestam taxas menores de indivíduos com depressão em comparação as pequenas cidades ou subúrbios. O fato foi considerado o resultado de oportunidades mais frequentes de interação social no espaço público, característica essa que os arquitetos e urbanistas buscam constantemente facilitar e premeditar por meio do projeto urbano.A pesquisa foi realizada antes da pandemia e nos traz uma nova perspectiva para o fim de cidades altamente densas, impactadas pela crise sanitária, e suas repercussões a longo prazo, não apenas na vida urbana, mas também no bem-estar dos habitantes.neurociência ambiental confirma através de dados científicos, o que urbanistas e pensadores como Christopher Alexander, William H. Whyte, ou Jahn Gehl, descobriram através da observação cuidadosa. Com a arquitetura e o planejamento urbano se tornando em esforços coletivos e transdisciplinares e com os processos de projeto sendo informados por campos de conhecimento cada vez mais diversos, a neurociência ambiental nos dá mais um campo de estudo fundamental e profissional sobre a qual ancora as decisões de projeto e das políticas urbanas.

 

Ga. Milena S. Bezerra - (Dir. de Marketing - APGAM) - Artigo - lidekin

Analista/ Técnica/ Consultora/ Coordenadora/ Gestora - Ambiental e Comercial