Aportes da Noruega, Indonésia, França e União Europeia consolidam o fundo liderado pelo governo brasileiro como um dos principais instrumentos financeiros globais para a preservação ambiental.
O Fundo Florestas Tropicais para Sempre (Tropical Forest Forever Facility – TFFF), iniciativa global liderada pelo Brasil, deu mais um passo importante durante a Cúpula do Clima, em Belém (PA). Após o aporte inicial de US$1 bilhão feito pelo governo brasileiro, complementado por anúncio da Indonésia durante visita do Presidente Lula, nesta quinta-feira (6/11), Noruega, França e União Europeia (13/11/25) anunciaram investimentos que elevam o volume total captado para US$5,5 bilhões.
A proposta do TFFF foi apresentada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva como uma resposta concreta à necessidade de criar mecanismos financeiros capazes de valorizar a floresta em pé, e é uma das propostas estratégicas do Ministério da Fazenda na COP. O fundo representa uma nova geração de instrumentos de financiamento climático, com foco na preservação das florestas tropicais e na remuneração por serviços ambientais aos países que protegem seus ecossistemas.
Durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira (7/11), em Belém, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou que o TFFF rompe com a lógica tradicional de doações e inaugura um modelo de investimento sustentável, combinando recursos públicos e privados. “Essa ideia tem ganhado audiência cada vez maior pela sua originalidade, pela sua inteligência e pelo seu pragmatismo de desenvolver um instrumento que seja visivelmente capaz de chamar a atenção do mundo e combinar o capital público e privado de maneira virtuosa, criando condições para que as florestas tropicais sejam preservadas por meio de uma espécie de pagamento de serviços ambientais”, afirmou Haddad.
Diferente dos fundos convencionais de doação, o TFFF opera como um mecanismo de investimento de impacto. Os recursos serão investidos em ativos de renda fixa em diretrizes elaboradas por uma diretoria específica. O retorno dessas operações, descontados os pagamentos aos investidores e custos operacionais, será distribuído a países que comprovarem resultados na conservação ambiental, com ao menos 20% dos recursos dedicados a povos indígenas e comunidades tradicionais.
“A maneira como esse mecanismo vai funcionar, em termos muito simplificados, é de que você não tem propriamente doação de países ou empresas. Você tem um aporte de capital de investidores, que vão ser remunerados por uma taxa básica. Esses recursos vão financiar projetos definidos pelo comitê, e a diferença de taxa de juros vai servir justamente de lastro para financiar o pagamento de serviços ambientais”, explicou o ministro.
O TFFF estabelece regras de desempenho ambiental, critérios de transparência e descontos nos pagamentos de acordo com o nível de desmatamento, com o objetivo de garantir resultados concretos e mensuráveis.
Essa ideia tem ganhado audiência cada vez maior pela sua originalidade, pela sua inteligência e pelo seu pragmatismo de desenvolver um instrumento que seja visivelmente capaz de chamar a atenção do mundo e combinar o capital público e privado de maneira virtuosa, criando condições para que as florestas tropicais sejam preservadas por meio de uma espécie de pagamento de serviços ambientais”, Haddad.
Fonte: Canal Gov/Br.

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