sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

MEDICINA DA USP ABRE ESTUDOS E PESQUISAS DE POLUIÇÃO DO AR NO VALE DO RIO CABUÇU.



Em parceria com as entidades da Agenda 21 do Vale do Rio Cabuçu, o Depto de Poluição Ambiental da Universidade de Medicina de São Paulo - FMUSP que tem como responsável o Emérito Prof. Dr. Paulo Saldiva, realizou a sua primeira visita de reconhecimento no Vale do Rio Cabuçu. Este grupo de profissionais composto pela Dra. Regiani Carvalho, Enga. Ambiental Juliana Vargas e Agron. Tiana Moreira, acompanhado pela representante da Agenda 21 do Vale do Rio Cabuçu, a Sra. Terezinha Batista e dos Gestores Ambientais: Jose Ramos de Carvalho e Rozima Araujo – diretores da Associação Paulista dos Gestores Ambientais, e que também pertence ao grupo das entidades que formam a Agenda 21 do Vale do Rio Cabuçu. A visita inicialmente tinha como objetivo o reconhecimento geográfico, avaliações preliminares e a composição da logística dos estudos e pesquisas. A recepção na residência da Sra. Terezinha Batista contou com a presença de alguns moradores que mencionaram as enfermidades decorrentes da poluição do ar, como alergias respiratórias que atingem as crianças e adolescentes, e um fato que chamou a nossa atenção, a informação de mais uma morte de um adulto de 58 anos (25/01/13) que teve como “Causa Morte” - Cancer do Pulmão. Esta apresentação do Vale do Rio Cabuçu, além do contato acima com a comunidade, tínhamos três destinos, onde poderíamos preliminarmente reconhecer a amplitude fisica do Vale do Rio Cabuçu, sua área de abrangência, a população, e as evidências da carga ou volumes de poluentes. O primeiro local foi uma casa de venda de materiais hidráulicos, onde os tubos e conexões estavam em partes cobertos por fuligens de dióxido de carbono, e que seu proprietário, comentou - “Que tinha profundas preocupações, com a sua exposição a esta carga de material tóxico, oriundos da queima de combustíveis fosseis, e já se utiliza de medicamentos para combater alergias”. E a visita teve a sua conclusão na observação, tanto do lado da cidade de São Paulo, e posteriormente da cidade de Guarulhos, com relação ao espaço a ser monitorado, onde a logística de arrecadação de materiais para pesquisa e estudos dependerá da contribuição voluntária das comunidades, e especialmente das entidades e Associações de moradores que compõem a Agenda 21 do Vale do Rio Cabuçu, além de um convite já enviado a EACH/USP junto ao Coordenador do Curso de Gestão Ambiental Prof. André Simões, que colocou se a disposição para futuras avaliações e possibilidades, principalmente em compor esta logística de pesquisa e estudos com a Faculdade de Medicina de São Paulo. A Dra. Regiani Carvalho, comentou que, - ”Os estudos e pesquisas efetuadas pela Faculdade de Medicina de São Paulo, no departamento de poluição ambiental, tem como objetivo compor dados e fundamentos técnicos de saúde ambiental, para avaliações de interesse acadêmico: Mestrados ou Doutorados, publicações  cientificas, e disponibiliza para futuras ações do Poder Publico em suas diversas áreas de atuações”. Esta visita da Universidade de Medicina da USP, representada pela equipe do Prof. Dr. Paulo Saldiva, consolida além das coincidências, motivações, particularidades, a forte persistência da Associação Paulista dos Gestores Ambientais – APGAM, através de seus diretores mencionados acima, em estabelecer junto ao Vale do Rio Cabuçu que recebe diariamente uma carga excessiva de poluição do ar produzida por fortes vetores de desenvolvimento econômico: Aeroporto de Cumbica/Guarulhos, Rodovias Fernão Dias e Presidente Dutra, Terminal de Cargas Fernão Dias, instalação do futuro Rodoanel Trecho NORTE, a necessidade de estudos mais profundos sobre a saúde ambiental da nossa população, avaliando parâmetros, e oferecendo suporte ao Poder Publico para avaliar futuros projetos, adequações ao plano diretor, e a já desastrosa exclusão ambiental que permeia as classes mais desfavorecidas. O fato que os agradecimentos a Faculdade de Medicina de São Paulo - FMUSP, representado pela equipe do Prof. Paulo Saldiva, por esta iniciativa se estende por todas as entidades da Agenda 21 do Vale do Rio Cabuçu, mas especialmente por toda a população que vive, e ainda respira dentro deste “envelope geográfico” que envolve todo o Vale do Rio Cabuçu.
Texto e Foto: Jose Ramos de Carvalho (Gestor Ambiental)

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