domingo, 13 de abril de 2014

PROJETO CABUÇU – FACULDADE DE MEDICINA DA USP E A GESTÃO AMBIENTAL.


No dia 14/03/2014 recebemos a noticia que o Fundo de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo – FAPESP, havia aprovado o projeto enviado pelo Departamento de Poluição Ambiental da Faculdade de Medicina da USP. Aparentemente o trajeto desta aprovação envolvendo o potencial de pesquisa, a linhagem acadêmica envolvida, seria natural, por projetos já realizados e com a chancela de excelentes resultados em favor da academia, ou da formação de conceitos ou de pesquisas. E o que se apresentou de inovador no Projeto Cabuçu nesta relação entre à Faculdade de Medicina da USP, foi a participação da Gestão Ambiental e as comunidades envolvidas de uma região urbana da cidade de São Paulo. Esta composição de ações teve seu inicio em 2006 com alicerces indiretos de observação que o Curso de Gestão Ambiental disponibilizou em seu acervo de formação acadêmica. E o Vale do Rio Cabuçu se apresentou como um campo farto para pesquisa em área urbana, sua diversidade social, econômica, cultural e sua fragilidade ambiental envolvendo o Rio Cabuçu (10 km de extensão), Serra da Cantareira, e especialmente Poluição Ambiental por combustíveis fósseis produzidos em condições verticais e horizontais, e de localização geográfica agressiva para uma população dormitório de 300.000 habitantes.  A visualização deste cenário e o desejo frenético pelo desenvolvimento econômico e social da cidade criou-se um fardo desastroso para a “qualidade de vida” ao Vale do Rio Cabuçu em especial a saúde ambiental da população. Porém, todas estas ações estavam somente em plataformas de observações e de avaliações rudimentares, e que precisavam de um acervo técnico e acadêmico com titularidades especificas e de ferramental qualitativo de pesquisa. Vários caminhos foram propostos anteriormente por diversos agentes, mas a composição do acervo clinico da Gestão Ambiental e com a colaboração de outras formações acadêmicas com eixos na área ambiental e social forneceram indicadores que a participação de profissionais e acadêmicos da área de “Saúde Ambiental”, seria o eixo da construção efetiva destes parâmetros tão necessário para identificar os níveis e as potencialidades dos indicadores especialmente da qualidade do ar da bacia aérea do Vale do Rio Cabuçu. Esta aprovação do Fundo de Amparo a Pesquisa, a presença da Faculdade de Medicina da USP, a colaboração da Gestão Ambiental, dos graduados em Biologia, e a participação efetiva das comunidades, disponibilizam no “Projeto Cabuçu” um desafio altamente produtivo, e que revalida o encontro da academia, seus diversos segmentos, e especialmente com a comunidade, parte integrante da população paulistana.
Agradecimentos: Faculdade de Medicina USP (FMUSP), Fundação de Amparo a pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), Associação Paulista dos Gestores Ambientais – APGAM, e as Instituições da Agenda 21 do Vale do Rio Cabuçu.(Agenda 21 – VARIOCA).

Texto e foto: Ga. José Ramos de Carvalho 

Nenhum comentário:

Postar um comentário