No
dia 14/03/2014 recebemos a noticia que o Fundo de Amparo a Pesquisa do Estado
de São Paulo – FAPESP, havia aprovado o projeto enviado pelo Departamento
de Poluição Ambiental da Faculdade de Medicina da USP. Aparentemente o trajeto
desta aprovação envolvendo o potencial de pesquisa, a linhagem acadêmica
envolvida, seria natural, por projetos já realizados e com a chancela de
excelentes resultados em favor da academia, ou da formação de conceitos ou de pesquisas.
E o que se apresentou de inovador no Projeto Cabuçu nesta relação entre à
Faculdade de Medicina da USP, foi a participação da Gestão Ambiental e as
comunidades envolvidas de uma região urbana da cidade de São Paulo. Esta
composição de ações teve seu inicio em 2006 com alicerces indiretos de observação
que o Curso de Gestão Ambiental disponibilizou em seu acervo de formação acadêmica. E o
Vale do Rio Cabuçu se apresentou como um campo farto para pesquisa em área
urbana, sua diversidade social, econômica, cultural e sua fragilidade ambiental
envolvendo o Rio Cabuçu (10 km de extensão), Serra da Cantareira, e
especialmente Poluição Ambiental por combustíveis fósseis produzidos em
condições verticais e horizontais, e de localização geográfica agressiva para
uma população dormitório de 300.000 habitantes. A
visualização deste cenário e o desejo frenético pelo desenvolvimento econômico
e social da cidade criou-se um fardo desastroso para a “qualidade de vida” ao
Vale do Rio Cabuçu em especial a saúde ambiental da população. Porém, todas
estas ações estavam somente em plataformas de observações e de avaliações
rudimentares, e que precisavam de um acervo técnico e acadêmico com
titularidades especificas e de ferramental qualitativo de pesquisa. Vários
caminhos foram propostos anteriormente por diversos agentes, mas a composição
do acervo clinico da Gestão Ambiental e com a colaboração de outras formações
acadêmicas com eixos na área ambiental e social forneceram indicadores que a
participação de profissionais e acadêmicos da área de “Saúde Ambiental”, seria
o eixo da construção efetiva destes parâmetros tão necessário para identificar
os níveis e as potencialidades dos indicadores especialmente da qualidade do ar
da bacia aérea do Vale do Rio Cabuçu. Esta aprovação do Fundo de Amparo a
Pesquisa, a presença da Faculdade de Medicina da USP, a colaboração da Gestão Ambiental,
dos graduados em Biologia, e a participação efetiva das comunidades,
disponibilizam no “Projeto Cabuçu” um desafio altamente produtivo, e que
revalida o encontro da academia, seus diversos segmentos, e especialmente com a comunidade, parte integrante da população
paulistana.
Agradecimentos:
Faculdade de Medicina USP (FMUSP), Fundação de Amparo a pesquisa do Estado de
São Paulo (FAPESP), Associação Paulista dos Gestores Ambientais – APGAM, e as
Instituições da Agenda 21 do Vale do Rio Cabuçu.(Agenda 21 – VARIOCA).
Texto e foto:
Ga. José Ramos de Carvalho
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