Chegamos ao dia 05 de Junho de
2020 em sua Semana de Meio Ambiente; diferente dos anos anteriores estamos
todos envolvidos pela pandemia do COVID-19, acusando as 20:13 hs - 6.416.828 contaminados e 382.867 mortes em
nosso Planeta. O que proporcionalmente teríamos a queda de 786 aviões jumbos
com 487 passageiros/cada; para uma queda diária desde o inicio da pandemia do COVID-19
na China em Nov/19; uma média de 4 aviões jumbos sendo abatidos diariamente.
Como conviver com tamanha tragédia social. E como produzir um “Diagnóstico” da
postura de enfrentamento desta tragédia previamente anunciada a ciência e ao Governo
Brasileiro. Desde a primeira morte por COVID-19 ocorrida em 16 de Abril de 2020
no Hospital Sancta Magiore de um homem de 62 anos no Brasil até esta data
somamos 50 dias para 34.625 óbitos produzindo 692 óbitos/dia. E como evoluímos na
condução das nossas estratégias de combate; a chegada do COVID, e seu já conhecido
perfil aterrorizador visto que o exemplo da Itália já exigia do Ministério da
Saude preparativos inimagináveis em termos técnicos, científicos e econômicos.
Mas em um cenário tão devastador previamente anunciado para o governo; as famílias
começaram a visualizar seus parentes, vizinhos e amigos nesta fila de mortes. Foi-nos
revelado que o único instrumento eficaz que pudesse atenuar o numero de morte
seria o “Isolamento Social”.
A exemplo da “Gripe Espanhola” onde tivemos 50
milhões de mortos no Planeta, e no Brasil estima que tivemos 35 mil mortes, o “Isolamento
Social” no Sec. 19 foi o único remédio eficaz para conter a doença. E o
isolamento x flexibilização expõem um gráfico
que ainda não esta definido em seu “Platô” da famosa curva descendente da contenção
do vírus. Mas essa equação social devastadora ganhou outros elementos que ganharam
raízes ao longo de 2019 em especial junto as questões ambientais, onde
contemplamos movimentos políticos e administrativos por conta do atual governo
brasileiro e seu Ministerio do Meio Ambiente com forte indícios de sucateamentos
das praticas de conservação, proteção e manuseio dos ecossistemas e da
biodiversidade brasileira em favor de uma expansão agropecuária e propostas mineradoras
onde a devastação por desmatamento já realizada neste mesmo período de COVID-19
já atinge 22% neste Maio/2020 segundo os registros do INPE na Amazonia Legal.
As cicatrizes ainda não foram curadas porque as centenas de mortos de Brumadinho
ainda refletem em solo mineiro com o “sono acordado” dos sons das sirenes e o
escorregar avassalador da lama; a exemplo da barragem da “Mina do Engenho” no município
de “Rio Acima” e mais 17 outras estruturas aterrorizando cidades, como: Nova Lima,
Araxá, Mariana, Ouro Preto, Itabirito, Belo Vale, Itabira, e Barão dos Cocais.
Nesta “Semana do Meio Ambiente” esta ocorrendo uma revolução interessante que
não observamos nos anos anteriores, o “Isolamento Social” a quantidade de palestras
traduzidas em “Lives”, e Conferencias diversas de profissionais e ativistas da área
socioambiental e conjugando com diversas instituições Academicas, Organizaçoes
não Governamentais, Conselhos e parte do Setor Publico. Neste liquidificador
2020 em meio a esta “quarentena” que insiste em nos triturar socialmente;
eclodi a cultura das dores subterrâneas do preconceito de cor com a morte de
George Floyd, cidadão negro que implorou seguidamente para um Policial branco –
“Deixe me respirar”. E tudo esta se misturando no Estado Americano com a morte
de 111.664 ou 29% dos óbitos ocorridos no Planeta. As manifestações ganharam as
ruas de dezenas de cidades americanas, com 10 dias seguidos de aglomerações portando a
coragem do protesto e dignificando os estatutos de liberdade que o povo
americano sempre procurou preconizar ao mundo. E neste cenário de
acontecimentos quando que imaginaríamos que a cidade de Nova York, e outras
importantes cidades americanas teriam um “Toque de Recolher” instituído por um
Presidente Americano. As pequenas pás deste liquidificador continuam girando,
triturando; mas o copo DEMOCRATICO é o único instrumento político que poderá
produzir equilíbrio, prudência e sabedoria para continuarmos avançando em um
novo momento que o nosso Planeta vai começar a viver.
Texto: ga. Jose Ramos de Carvalho - Pres. APGAM
Fotos: Homenagem aos Medicos e Infermeiros - DF.
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