quarta-feira, 27 de outubro de 2010

ILHA DE CALÔR – VALE DO RIO CABUÇU – A GESTÃO AMBIENTAL TRADUZ, O QUE A NATUREZA INSISTE EM DIALOGAR...

Com relação à reportagem estampada no Jornal Guarulhos Web, a Associação Paulista dos Gestores Ambientais - APGAM, tem algumas ações importantes para somar em suas preocupações, dentro da região do Vale do Rio Cabuçu. Tecnicamente em termos de impacto esta dentro do termo “Bacia Aérea Saturada” criando a formação da “Ilha de Calor”, sendo que geograficamente, o Vale do Rio Cabuçu forma uma Bacia de 23 km² com uma população acima de 300.000 pessoas, compreendendo desde os bairros ao “Pé da Serra” ate a junção da Via Fernão Dias, Via Dutra e inicio da Av. Aricanduva. Como espelho, os dois “Vales” fazem faces: Vale do Rio Cabuçu e Vale do Rio Aricanduva, formando um túnel de vento , mas temos um inconveniente agradável, que é a Serra da Cantareira, que sua formação na borda da cidade executa a função de um escudo ou tampa, inclusive esta ação já abordada por outros profissionais importantes da área ambiental. No caso especifico do Vale do Rio Cabuçu esta tampa verde retém todo o dióxido de carbono e material particulado (MP) produzidos por três ações importantes para o desenvolvimento econômico, mas extremamente maléficos para a população do Vale do Rio Cabuçu e a própria Serra da Cantareira: a)Junção Via Dutra x Via Fernão Dias e Av. Aricanduva; B) Terminal de Cargas Fernão Dias e recentemente a instalação de novas transportadoras entre os dois municípios vizinhos (Guarulhos e São Paulo), para ficarem mais próximas ao Terminal. C) Os vôos que se utilizam do Aeroporto de Cumbica, e a própria frota de ônibus coletivo que serve a própria população dentro do Vale. E recentemente após a eleição do governador Geraldo Alckimim, já esta consolidando projeto com o DERSA, aguardando autorização ou não do Conselho Estadual de Meio Ambiente do Estado de São Paulo – CONSEMA, para o início das obras do RODOANEL NORTE, passando pela borda da Serra da Cantareira. Estes três produtores diários já constituídos estão exalando sobre o Vale, comprimido pela própria Serra, nesta nossa Bacia, toneladas de dióxido de carbono, produzidos por queima de diesel, gasolina, madeira e aguardando provavelmente com inicio das obras para 2011 mais este novo produtor. As conseqüências destas ações são evidentes na saúde da população do Vale. As doenças respiratórias agravadas pela baixa umidade do ar em alguns dias, registradas no ultimo inverno, que chegou perto de 12% (Observatório Climático do Mirante de Santana na capital de São Paulo), remetem a prognósticos ainda mais severos à população do Vale do Rio Cabuçu, doenças cardíacas e respiratórias, assolando os idosos, crianças e gestantes. Com a aprovação o projeto do rodoanel Norte, embora as informações pesquisadas que a construção da rodovia iria contribuir para a própria proteção da Serra da Cantareira, no sentido de conter as ocupações irregulares de futuros moradores, o que transparece ser uma ação mitigadora, na verdade a passagem de centenas de caminhões irá produzir, somando com o trafego de aviões e onibus, um impacto maior e pontual de toneladas diárias de resíduos de combustível, além do risco permanente de acidentes com produtos perigosos. E todas essas ações impactantes na base do “Sistema Cantareira” (o maior produtor de água para toda a população da capital de São Paulo) atendendo a 12 milhões de pessoas. Texto completo - Link: Noticias/Opiniões dos Gestores Ambientais

Texto: Ga. Jose Ramos de Carvalho/ Ga. Valéria Silvestre
Foto: Ga. Ramos

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